Em tempos de transformação digital acelerada, a atuação cível exige cada vez mais estratégias adaptadas ao ambiente virtual. Segundo o professor Bruno Garcia Redondo, a eficácia na advocacia cível depende diretamente da capacidade de profissionais e instituições se reinventarem frente às novas tecnologias jurídicas.
A digitalização total do Judiciário, impulsionada por plataformas eletrônicas, inteligência artificial e a desmaterialização dos processos físicos, exige do advogado cível uma postura proativa e técnica. Neste cenário, conhecer os segredos para atuar com eficiência tornou-se essencial para garantir resultados positivos aos clientes e otimizar o próprio desempenho profissional.
Quais são os pilares da atuação cível eficaz no ambiente digital?
De acordo com Bruno Garcia Redondo, a atuação cível eficaz em meio à digitalização baseia-se em três pilares fundamentais: domínio das ferramentas tecnológicas, atualização jurídica constante e comunicação eficiente com o Judiciário e com os clientes. Compreender profundamente o funcionamento de sistemas como o PJe (Processo Judicial Eletrônico), o e-SAJ e outras plataformas regionais tornou-se pré-requisito básico para o exercício da advocacia.

Com o avanço da digitalização, a gestão processual ganhou agilidade, mas também complexidade. Ferramentas de Business Intelligence (BI), dashboards de acompanhamento processual e bancos de jurisprudência alimentados por inteligência artificial são hoje aliados indispensáveis. O uso inteligente desses recursos permite uma atuação mais preditiva, evitando riscos e facilitando a tomada de decisão com base em dados.
De que forma o advogado deve se posicionar diante do novo perfil do cliente digital?
O cliente digital é informado, exigente e espera respostas rápidas. Nesse contexto, uma comunicação transparente e acessível torna-se indispensável para fidelização e construção de confiança. Bruno Garcia Redondo explica que uma das chaves para o sucesso na advocacia cível moderna é a humanização do atendimento aliado à eficiência tecnológica. Isso significa manter canais digitais abertos, como e-mail, WhatsApp e plataformas de atendimento automatizado, sem perder a pessoalidade e o compromisso ético com o caso.
No entanto, a digitalização trouxe à tona a necessidade de competências que vão além do conhecimento jurídico tradicional. Entre as habilidades técnicas, destacam-se o domínio de ferramentas de análise de dados, redação jurídica objetiva e leitura crítica de decisões automatizadas. No aspecto comportamental, destaca-se a resiliência, a adaptabilidade e a mentalidade orientada à inovação. Essas habilidades são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pela constante atualização tecnológica do setor jurídico.
Como garantir a segurança e a conformidade na advocacia digital?
Com a atuação cível cada vez mais dependente de meios eletrônicos, a segurança da informação tornou-se uma prioridade. O cuidado com a proteção de dados, especialmente após a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), deve estar presente em todos os aspectos da atividade jurídica. Práticas como o uso de senhas fortes, autenticação em dois fatores, armazenamento seguro de documentos e contratos com cláusulas específicas de proteção de dados são indispensáveis para evitar vazamentos e prejuízos reputacionais.
O futuro da atuação cível digital aponta para uma integração ainda maior entre inteligência artificial e prática jurídica. Nesse cenário, manter-se atualizado e flexível é um diferencial competitivo. O doutor Bruno Garcia Redondo observa que o profissional que souber alinhar conhecimento técnico com empatia, estratégia e agilidade terá maiores chances de êxito em sua atuação.
Em suma, a atuação cível eficaz em tempos de digitalização total exige uma postura inovadora, domínio tecnológico e comprometimento com a ética e a excelência. Ao seguir as diretrizes apresentadas neste artigo e aplicar os princípios destacados pelo professor Bruno Garcia Redondo, o advogado cível estará mais preparado para enfrentar os desafios contemporâneos e se destacar em um mercado jurídico cada vez mais competitivo e tecnológico.
Autor: Alexey Popov