O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, em entrevista coletiva em Nova York, que a economia brasileira tem superado as expectativas negativas e surpreendido tanto o mercado financeiro quanto os críticos. Durante sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas, Lula ressaltou que o desempenho econômico do Brasil nos primeiros anos de seu governo tem sido melhor do que o previsto por muitos analistas.
Lula enfatizou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode registrar um crescimento de cerca de 3% em 2024, superando as projeções iniciais. Ele relembrou o período de incerteza econômica que enfrentou ao assumir a presidência em 2003, quando o país não tinha recursos para pagar suas importações. Desde então, o Brasil se tornou a quarta maior reserva internacional do mundo, o que, segundo ele, sustenta a economia nacional até hoje.
O presidente também mencionou a importância de manter a estabilidade fiscal, econômica, política e social, além de garantir previsibilidade nas ações do governo. “Nada acontece a partir da meia-noite, tudo é à luz do sol”, afirmou Lula, destacando a transparência e a clareza nas políticas adotadas por sua administração.
Em relação às agências de classificação de risco, Lula revelou que tem mantido diálogos com representantes dessas instituições, junto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo é recuperar o grau de investimento do Brasil, demonstrando que o país está no caminho certo para alcançar estabilidade econômica.
Lula criticou a dependência de informações provenientes apenas do mercado financeiro e empresários, como a Faria Lima, e defendeu que as agências de risco também ouçam a perspectiva do governo e dos trabalhadores. Ele destacou que as conversas com as agências têm sido produtivas e que há um entendimento mútuo sobre os desafios e as oportunidades econômicas do Brasil.
Além das questões econômicas, Lula abordou temas internacionais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, afirmando que a solução para o conflito deve ser diplomática, não militar. Ele também criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por não cumprir resoluções da ONU, reiterando sua condenação ao que chamou de “genocídio”.
O presidente brasileiro expressou otimismo em relação ao futuro econômico do país, afirmando que o Brasil tem uma chance que não pode ser desperdiçada. Ele destacou a importância de continuar trabalhando em parceria com o Congresso para fortalecer a democracia e garantir o crescimento sustentável do país.
Por fim, Lula reafirmou seu compromisso com a transparência e a previsibilidade nas ações do governo, buscando consolidar a confiança dos investidores e da população na economia brasileira. Ele concluiu a entrevista destacando que o Brasil está no caminho certo para se tornar uma nação ainda mais respeitada no cenário internacional.